terça-feira, 29 de março de 2016

20 Ditados Populares: Suas Origens e Significados


Neste post de hoje vamos fazer um pouco diferente das postagens anteriores sobre este tema: 20 ditados populares: suas origens e significados. O diferencial será conhecer a origem destes provérbios.
Ditado, como o próprio nome diz, é a expressão que através dos anos se mantém imutável, aplicando exemplos morais, filosóficos e religiosos.
Os provérbios e os ditados populares constituem uma parte importante de cada cultura.
Historiadores e escritores já tentaram descobrir a origem dos ditados populares, mas essa tarefa não é fácil, pois cada cultura têm seus ditados e que são aplicáveis aos seus cidadãos.
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1-O pior cego, é o que não quer ver
Significado: Diz-se da pessoa que não quer ver o que está mesmo à sua frente. Nega-se a ver a verdade.
Histórico: Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D’Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel.

Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a ver ficou horrorizado com o mundo que via.

Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver.

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2-Andar à toa
Significado: Andar sem destino, despreocupado, passar o tempo.
Histórico: Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está “à toa” é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar. Jorge Ferreira de Vasconcelos já escrevia, em 1619: Cuidou de levar à toa sua dama.

3-Casa da mãe Joana
Significado: Onde vale tudo, toda gente pode entrar, mandar, fazer o que quiser, etc.
Histórico: Esta vem da Itália. Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença (1326-1382), liberou os bordéis em Avignon, onde estava refugiada, e mandou escrever nos estatutos:
“Que tenha uma porta por onde todos entrarão”. O lugar ficou conhecido como Paço de Mãe Joana, em Portugal. Ao ir para o Brasil a expressão mudou para “Casa da Mãe Joana”.

4-Onde Judas perdeu as botas
Significado: Lugar longe, distante, inacessível.
Histórico: Como todos sabem, depois de trair Jesus e receber 30 dinheiros, Judas caiu em depressão e culpa, vindo a se suicidar enforcando-se numa árvore. Acontece que ele se matou sem as botas. E os 30 dinheiros não foram encontrados com ele. Logo os soldados partiram em busca das botas de Judas, onde, provavelmente, estaria o dinheiro. A história é omissa daí pra frente. Nunca saberemos se acharam ou não as botas e o dinheiro. Mas a expressão atravessou vinte séculos.

5-Quem não tem cão caça com gato
Significado: Ou seja, se você não pode fazer algo de uma maneira, desenrasque-se e faça de outra.
Histórico: Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia “quem não tem cão caça como gato”, ou seja, se Esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos, ou seja, sozinho, fazendo tu mesmo as coisas!

6-Quem tem boca vai a Roma
Outro ditado que no popular toda a gente erra é: ‘Quem tem boca vai a Roma.’
Entende-se, de um modo errado, que quem se sabia comunicar ia a qualquer lugar!
O correto é: ‘Quem tem boca vaia Roma.’ (do verbo vaiar).

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7-Não entender patavina
Significado: Não saber nada sobre determinado assunto. Nada mesmo.
Histórico: Tito Lívio, natural de Patavium (hoje Pádova, na Itália), usava um latim horroroso, originário de sua região. Nem todos entendiam. Daí surgiu o Patavinismo, que originariamente significava não entender Tito Lívio, não entender patavina.

8-Bicho-de-sete-cabeças
Representa a atitude exagerada de alguém que, diante de uma dificuldade, coloca limites à realização da tarefa, até mesmo por falta de disposição para enfrentá-la.
Tem origem na mitologia grega, mais precisamente na lenda da Hidra de Lerna, monstro de sete cabeças que, ao serem cortadas, renasciam. Matar este animal foi uma das doze proezas realizadas por Hércules.
ditados-populares-significado
Com o rei na barriga!!
9-Com o rei na barriga
Refere-se a uma pessoa que dá muita importância a si mesma.
A expressão provém do tempo da monarquia em que as rainhas, quando grávidas do soberano, eram tratadas com especial cuidado, pois iriam aumentar a prole real e, por vezes, dar herdeiros ao trono, mesmo quando bastardos.

10-Estar com a corda toda
Com entusiasmo, falar sem parar.
Antigamente, os brinquedos que possuíam movimento eram acionados torcendo um mecanismo em forma de mola ou um elástico, que ao ser distendido, fazia o brinquedo se mexer. Ambos os mecanismos eram chamados de “corda”. Logo, quando se dava “corda” totalmente num brinquedo, ele movia-se de forma mais agitada e frenética.

11-São favas contadas
Significa coisa certa, negócio seguro.
De acordo com o pesquisador Câmara Cascudo, antigamente, votavam-se com as favas brancas e pretas, significando sim ou não. Cada votante colocava o voto, ou seja, a fava, na urna. Depois vinha a apuração pela contagem dos grãos, sendo que quem tivesse o maior número de favas brancas estaria eleito.

12-Fazer ouvidos de mercador
Não quer ouvir nada a respeito da situação do comprador, apenas pensa na venda.
Orlando Neves, autor do Dicionário das Origens das Frases Feitas, diz que a palavra mercador é uma corruptela de marcador, nome que se dava ao carrasco que marcava os ladrões com ferro em brasa, indiferente aos seus gritos de dor. No caso, fazer ouvidos de mercador é uma alusão à atitude desse algoz, sempre surdo às súplicas de suas vítimas.

13-Tapar o sol com a peneira
Esforço mal sucedido para ocultar uma asneira ou negar uma evidência.
Peneira é um instrumento circular de madeira com o fundo em trama de metal, seda ou crina, por onde passa a farinha ou outra substância moída. Qualquer tentativa de tapar o sol com a peneira é inglória, uma vez que o objeto é permeável à luz.

14-Mais vale um pássaro na mão, que dois a voando
Significa que é melhor ter pouco que ambicionar muito e perder tudo.
É tradição de antigos caçadores. Eles achavam melhor apanhar logo a ave que tinham atingido de raspão, antes que ela fugisse, do que tentar atirar nas que estavam a voar e errar o alvo.
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Ditado popular: Pagar o pato
15-É farinha do mesmo saco
São todos iguais.
“Homines sunt ejusdem farinae” esta frase em latim (homens da mesma farinha) é a origem dessa expressão, utilizada para generalizar um comportamento reprovável. Como a farinha boa é posta em sacos diferentes da farinha ruim, faz-se essa comparação para insinuar que os bons andam com os bons enquanto os maus preferem os maus.

16-Colocar panos quentes
Significa favorecer ou acobertar coisa errada feita por outro.
Em termos terapêuticos, colocar panos quentes é uma receita, embora paliativa, prescrita pela medicina popular desde tempos remotos.

Recomenda-se sobretudo nos estados febris, pois a temperatura muito elevada pode levar a convulsões e a problemas daí decorrentes.

Nesses casos, compressas de panos encharcados com água quente são um santo remédio. E essa ação faz baixar a febre, mas não resolve o problema.

17-Cor de burro quando foge
A frase original era “Corra do burro quando ele foge”. A tradição oral foi-se modificando, e o “corra” acabou em “cor de burro quando foge” que não faz sentido pois o burro em altura alguma muda de cor.

Mas sim o original pois apesar de o burro parecer muito manso e tristonho, quando enraivecido, é muito perigoso. Então leva tudo à sua frente, por isso é melhor seguir o conselho “corra do burro quando ele foge”

18-De pequenino é que se torce o pepino
Moldar o caráter das crianças o mais cedo possível.
Os agricultores que cultivam os pepinos precisam dar a melhor forma a estas plantas.

Retiram uns “olhinhos” para que os pepinos se desenvolvam. Se não for feita esta pequena poda, os pepinos não crescem da melhor maneira porque criam uma rama sem valor e adquirem um gosto desagradável.

19-Salvo pelo gongo
Escapar de se meter num problema por uma fração de segundos.
O ditado tem origem na na Inglaterra. Lá, antigamente, não havia espaço para enterrar todos os mortos.
Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados para o ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz.

Só que, às vezes, ao abrir os caixões, os coveiros percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo (catalepsia – muito comum na época).

Assim, surgiu a idéia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino.

Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Desse modo, ele seria salvo pelo gongo.


Tem mais Ditados populares aqui!!!


20-Amigo da onça
Amigo falso, hipócrita.
Segundo estudiosos da língua portuguesa, este termo surgiu a partir de uma história curiosa.
Conta-se que um caçador mentiroso, ao ser surpreendido, sem armas, por uma onça, deu um grito tão forte que o animal fugiu apavorado.
Como quem o ouvia não acreditou, dizendo que, se assim fosse, ele teria sido devorado, o caçador, indignado, perguntou se, afinal, era seu amigo ou amigo da onça.

Bônus:
Estar com a corda no pescoço
Estar ameaçado, sob pressão ou com problemas financeiros.
O enforcamento foi, e ainda é em alguns países, um meio de aplicação da pena de morte.

A metáfora nasceu de amnistias ou comutações de pena chegadas à última hora, quando o condenado já estava prestes a ser executado e o carrasco já lhe tinha posto a corda no pescoço, situação que, de fato, é um sufoco.
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Como sardinha em lata
Usa-se a expressão popular sardinha em lata para designar a superlotação de veículos de transporte público, local apertado, etc.
A palavra sardinha vem do latim sardina. Designa o peixe abundante na Sardenha, conhecida região da Itália. É um alimento apreciado e nutritivo, de sabor bem peculiar.
As sardinhas, quando enlatadas em óleo ou em outro molho, vêm coladas umas às outras.
Fonte

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Pense o Amanhã

Postado por: Nilton Silveira

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